Os Governos do mundo e o papel do Brasil (II)
Vantagem Brasileira
Essa é a vantagem brasileira. Quando olhamos a história, vemos que diante de tantas outras culturas, é no Brasil que os planos divinos de Jesus florescem. Tanto no aspecto da religiosidade, quanto no aspecto da espiritualidade. Há uma capacidade inata no brasileiro de manifestar o Amor de Deus, diferente do humano, e a união consciente entre o Mundo Espiritual e a Terra.
Dentro desse Espírito único, que o Divino Mestre deu ao Brasil o título de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho-Apocalipse de Jesus.” Conforme registrou o espírito Humberto de Campos em obra de mesmo título, psicografada pelo saudoso legionário da Boa Vontade e grande espírita, Chico Xavier. Esse momento ocorre, quando o espírito Helil, que viria a reencarnar como Henrique de Sagres, apresenta sua preocupação quanto à ganância de outras nações sobre a antiga Terra de Vera-Cruz. Escreve Humberto de Campos, espírito:
“Jesus, porém, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita em dizer com a certeza e a alegria que traz em si: — Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre.”
Infelizmente, hoje em dia, ainda elegemos a matéria como norteadora das nossas escolhas e ações, nos distraindo do real potencial e da vantagem espiritual que possui. Mas tenhamos esperança e façamos a nossa parte, sabendo que estará ligado eternamente ao coração de Jesus, conforme Ele mesmo falou.
Trabalhemos para tirar do Brasil a estranha nuvem espiritual que busca ofuscar a luminosidade que possui. Fortaleçamos a segurança espiritual, entendendo que não precisamos buscá-la no exterior, quando o próprio Mestre Amado, Jesus, volta Seus olhos a todos nós. Reconheçamos que as soluções dos problemas espirituais, sociais e econômicos presentes no Brasil e também no mundo estão no Evangelho e no Apocalipse do Estadista Celeste.
Como falei, o mundo está caminhando para novos tempos. Talvez tenhamos eventos infelizes nesse começo, mas com oração e iniciativa em Deus poderemos amenizar e erguer das ruínas um novo mundo. Um que tenha finalmente aprendido com a história.
Uma Nação Ecumênica
O Brasil, diferente de outras, é uma nação receptiva, calorosa, que abraça diferentes visões e ainda faz churrasco de domingo. O Brasil é de fato uma nação ecumênica. Para nós, a diversidade já é cultura.
A nação brasileira, tem em si a capacidade espiritual de ser o berço do Rebanho Ecumênico de Jesus (João 10:11,14-16):
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que Eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só Pastor.”
Vencer o passado e seguir em frente
Mas para que isso seja possível, precisamos superar o passado histórico, reconhecendo que existem problemas que precisam ser resolvidos, mas não ficando presos a ele.
Vencemos o passado e sigamos em frente. “Há, mas nossa independência foi tão sem graça. Não tivemos guerra civil, mortes e sangue. Por isso somos essa nação fraca.” Enquanto você lamenta, eu digo: “Graças a Deus!”.
Isso nos mostra a imensa capacidade que temos de resolver problemas e conflitos com o famoso “jeitinho brasileiro”, que, ao invés de estar ligado à malandragem, é muita mais uma forma inteligente e criativa de encontrar solução aos mais diversos problemas.
Conflito armado é sinônimo de infantilidade. Mente infantilizada e que não soube amadurecer diante dos desafios que enfrentou é que parte para o ataque físico por não conseguir se expressar e dialogar. Que possamos ser adultos e entender que as diferenças podem ser resolvidas pelo diálogo. Não é porque não conseguimos resolver um problema interno, seja nação ou pessoa, que devemos partir para a destruição do outro.
Estou de acordo com o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), quando falando sobre a capacidade brasileira de crescer, exalta:
“Somos povos novos ainda na luta para nos fazermos a nós mesmos como um gênero humano novo que nunca existiu antes. Tarefa muito mais difícil e penosa, mas também muito mais bela e desafiante. (...) Estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da Terra.”
Uma Humanidade Universal: a de Deus e do Seu Cristo
É importante frisar o que foi dito no começo: Não há nação salvadora. Cada nação traz uma vantagem própria e, quando unidas, será capaz de encontrar soluções aos problemas globais.
Acredito, plenamente, que chegará o momento em que não seremos mais divididos por uma ideia ególatra em seu extremo, sendo capazes de suplantar as diferenças em prol do Bem comum.
Deus e Jesus estão acima de tudo isso, focando nos problemas reais e espirituais da humanidade. Que possamos atender ao Seu chamado (João, 15:16-17):
“Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para que vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome Ele vos conceda. E isto Eu vos mando: que vos ameis como Eu vos tenho amado.”
Todo aquele que decide seguir o Divino Mestre não pode ficar preso a partidarismos ideológicos. Devemos ser mais astutos e utilizar esses instrumentos, que servem à compreensão humana quanto ao que fazer na Terra, para assim promover o Reino de Amor que o Cristo encarna.
“Eles não são do mundo, como Eu também não sou. Santifica-os na Verdade; a Tua Palavra é a Verdade. Assim como me enviaste ao mundo, Eu os enviei ao mundo. Em favor deles Eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela Verdade.” Jesus (João 17:16-19)
Oremos e cantemos a Deus para sermos testemunhas vivas do cumprimento da Sétima Trombeta (Apocalipse de Jesus, 11:15):
“O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céus, que diziam: ‘O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre’.”