Liberdade e Vontade

Esta época do ano nos convida a refletir sobre dois princípios fundamentais para a vida humana: Liberdade e Vontade.

Há um ensinamento interessante de Jesus (João 10:17 e 18) onde esses dois princípios se reúnem:“A razão pela qual meu Pai me ama é que Eu dou a minha vida — apenas para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas Eu a dou de minha própria vontade. Tenho autoridade para entregá-la e autoridade para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai.”

Por quê? Porque o senso comum de pensar a Liberdade como um direito natural e divino tende a exceder e se misturar com este outro: a Vontade. O ser humano é irônico.

Sempre apresenta uma forte vontade de defender uma posição extrema de liberdade absoluta. Isso vale tanto para fanáticos quanto para ateus; eles são lados da mesma moeda. Um acredita que os humanos podem ter liberdade absoluta, enquanto o outro acredita que não, ao mesmo tempo em que defende sua liberdade de não acreditar em Deus. Em certo sentido, eles são prisioneiros de suas visões extremistas.

O ser humano não tem liberdade absoluta enquanto se mantiver afastado de Deus. Aliás, ela só pode ser alcançada na estatura de Cristo, como Um com Deus. Mas, até mesmo assim, há um requisito: ser dependente de Deus.

Liberdade através de Jesus Cristo

Nesse sentido, somente Jesus tem liberdade absoluta e essa autoridade Ele recebeu do próprio Deus (João 10:17 e 18).

Há um ponto-chave aqui para compreender essa realidade, e ele envolve o princípio que une Liberdade e Vontade. Primeiro, a Vontade é um princípio que nos impele à ação. Esse impulso precisa ser aceito para que possa se manifestar livremente. Daí a confusão natural entre ele e a Liberdade. Agora, a união provém da Moral.

Para que o impulso se manifeste, ele precisa ser aceito de acordo com a moral do agente.

Eis a questão: a autoridade que o Mestre Divino recebe de Deus por meio do Seu Amor só é possível porque Jesus se submete à Vontade de Deus. Por meio da dependência de Cristo em Deus, Ele adquire a capacidade de fazer escolhas conscientes.

Esse é o Verdadeiro Livre-Arbítrio. Quando o ser humano alcança a capacidade moral espiritual de ser Consciente da sua Vontade.

Hoje em dia, embora haja uma defesa natural para o Livre-Arbítrio (o direito de escolher), há uma urgente necessidade da Vontade Consciente (a capacidade de escolher).

Escolha e Responsabilidade

Há um ditado comum atribuído a Montesquieu (embora não haja evidências de que ele o tenha escrito) que resume a realidade da Liberdade e da Vontade:“Minha liberdade termina onde a sua começa.” 

A era atual desafia as conquistas filosóficas e morais que a sociedade conquistou e traz consigo questões fundamentais sobre como proceder para o futuro. Acredito que Cristo traz a resposta para tudo isso.

Porque Ele é o primeiro a desafiar nossas suposições atuais e a nos impulsionar a entender que o Amor de Deus promove a Moralidade Espiritual, com a qual a moralidade humana precisa estar em sintonia.

O Irmão Paiva diz que:“Liberdade sem responsabilidade e Fraternidade é condenação ao caos.”Minha esperança é fortalecer o que foi alcançado e expandi-lo por meio da perspectiva avançada e espiritual que Jesus Cristo promove, para que o mundo possa equilibrar seu progresso tecnológico com o espiritual.

Realidade ou sonho?

É uma ambição materializar os sonhados princípios da Liberdade e da Vontade, regulados pela Moralidade Espiritual.

Como em qualquer empreendimento humano, nada será perfeito. Mas isso não significa que não haja espaço para lutar por.

“Portanto, sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste.”

Jesus (Mateus 5:48)

Next
Next

A Terceira Trombeta e o Meio Ambiente